À 2ªfeira, é dia de visitar este blog e constatamos que somos tema de post. Não foi propriamente uma surpresa, pois já o post anterior, "Política séria", nos dava um "cheirinho" de que a seguir eramos nós.
Aquela "homenagem e gratitude" ao António Mendonça (daqui o nosso abraço fraterno, para ele), soava a estranho e já revelava o "gato escondido com o rabo de fora".
Mas vamos ao que interessa (!?), se é que realmente interessa:
1º- Lamentamos, mas não ficamos de lhe escrever, pelo que o mail recebido anonimamente, terá outra proveniência que não a nossa;
2º- O anonimato é o que é, e conscientemente. pela nossa parte assim continuará (do dicionário, Porto Editora, 7ª ed.: anónimo= aquele que não assina o que escreve, do grego anónymus , "sem nome");
3º- Os epípetos com que me classifica, estarão "certíssimos" na sua óptica e interesse, mas embora "sem nome" sou democrata. Aproveito para fazer uma correcção, não sou juiz, porque não sentencio ninguém. Pelo contrário, o Fernando Morais passa a vida a dar sentenças e penitências (quem castiga? quem absolve? quem as cumpre?). Como diz o povo "água benta e presunção, cada um toma a que quer.";
4º- Não percebi o que é que o elefante foi fazer à loja de cristais. Soltou-se ou foi incúria do dono?
5º- "Terrorismo social"!, só a primeira palavra deixa-me aterrado. Deixe-me perguntar-lhe: quem é o terrorista? O "guerrilheiro" incógnito ou o "soldado" devidamente fardado e calçado, identificado? Quanto ao social, disso sei eu, que trabalhei uma vida inteira nisso e não despertei para ele, social, agora só porque me dá jeito e me fica bem, no presente.
6º- Por último, e relativamente às "cicatrizes políticas", tenho que lhe confessar que não acumulei nenhumas ao longo destes anos de vida que já levo, tendo apenas uma única cicatriz, já lá vão uns anitos, ganha no HPL, em resultado de uma operação à vesícula. Portanto, aleluia!, já não tenho fel, ao contrário de muitos.
Sem querer, mas a fazer fé na "sua biografia não autorizada" e produzida, em tempos, pelo Mário Jorge Sousa, as "cicatrizes políticas", tem-nas você, fruto, ao longo dos tempos, das várias "cirurgias político-estéticas" (isto existe?), a que se submeteu. Foram tantas que já começa a ser viciante, qual vulgar paciente de qualquer vulgar Instituto de Beleza: depois de experimentar a primeira vez, nunca mais de lá sai (ou saíu).
Com isto tudo, obrigou-me a reler "O príncipe", de Maquiavel, livro fantástico e verdadeiro manual político para principiantes, e desculpe o aparte, recomendo-lho, já que a nossa Biblioteca Municipal conta com ele no seu acervo. É só passar por lá e possuir cartão de leitor.
Reli um pouco à pressa, mas com gosto, e em diagonal e, das muitas passagens que lhe podia mostrar, retive duas, que acho apropriadas,... ou não, ao momento.
Aqui vão:
"Certo príncipe dos tempos presentes, que não é conveniente nomear, nunca prega coisa que não seja paz e boa fé, sendo de uma e outra inimicíssimo."( atenção: a palavra existe!).
e ainda,
"Os homens são tão simples e obedecem tanto às necessidades presentes, que aquele que engana encontrará sempre alguém pronto a deixar-se enganar."
in "O príncipe", Nicolau Maquiavel
Post scriptum: Meu caro Watson, é elementar, pode chamar-me o que quiser, mas o meu nome é Fernando, somente. Soa melhor dito, à maneira e entoação do 007 (o dos filmes) : "Bond. James Bond". Experimente: Fernando, only Fernando.
E agora, um apelo às Tágides: se para tal, não nos faltar "engenho e arte", prometemos voltar ao que realmente interessa... "a elevação do Concelho", Fernando Morais dixit.