quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Da cultura...

Mesmo o pouco que se vai fazendo neste campo, é sempre útil, mas não podemos esquecer que tal como qualquer, e vulgar, actividade económica, ou não, a acção cultural exige planificação, identificação de objectivos, conhecimento e gestão dos meios e avaliação da concretização dos referidos objectivos.
É chegado o momento de começarmos a arrumar a casa e de sermos capazes de organizar, planificar, promover, tomar a iniciativa, impulsionar dinamismo e acabar com a tentação individual, de auto promoção, de alguns eleitos em busca de protagonismo, que muito tem prevalecido na realização de grande parte das actividades culturais no Concelho de Sardoal.
Lembrando a importância que acultura possui e a arma poderosa que é, meditem nisto:
" Não pode haver democracia sem cultura. Sem cultura o homem (...) não pode ter uma consciência esclarecida dos seus direitos e dos seus deveres; e em consc iência está ao menos potencialmente, feudalizado, dependente das direcções a que outros o sujeitem. É um vassalo, não um cidadão."
in "Cultura e democracia", Victor de Sá, Ed.Autor, s/data


Estamos pois, no mínimo, curiosos sobre quem vai gerir a Cultura neste Concelho e se vai continuar a ser "mais do mesmo", sem um fio condutor, sem grandes rasgos, muito karaoke, falta de ambição em apresentar candidaturas a programas e subsídios culturais de dimensão nacional, só porque "deixo de dominar o quintal", sem quaisquer critérios de avaliação à actividade das associações culturais existentes e por conseguinte sem critérios sérios na atribuição de apoios (quando os há) às mesmas, continuando tudo na base do porreirismo e no fomento do clientelismo político partidário.
Se vai continuar tudo na mesma então socorro-me de Goebbles, Ministro da Propanga do III Reich e faço como ele: "Cada vez que ouço falar em cultura (no Sardoal, acrescento eu) tenho vontade de puxar da pistola."
Não se trata de uma contradição minha, é apenas raiva.